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HC entrega sua rede privativa 5G para melhorias de serviços na saúde
Iniciativa do núcleo de inovação do Hospital das Clínicas está em fase de testes no Instituto de Radiologia (InRad)
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), em parceria com um ecossistema diversificado de tecnologia, telecomunicações, agência de apoio ao desenvolvimento produtivo, universidade e instituição financeira, anuncia o lançamento de sua rede privativa 5G para testes de conectividade avançada na saúde. Numa iniciativa do InovaHC, núcleo de inovação do maior complexo hospitalar da América Latina, o projeto OpenCare 5G é coordenado pela Deloitte e tem a participação do Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
Esta é a primeira rede 5G brasileira na saúde com a adição de dois conceitos inovadores. A rede privativa, uma faixa de frequências dedicada para tráfego exclusivo de empresas, não concorre com a ocupação da rede pública de telefonia celular dos consumidores finais. O conceito de Open RAN (do inglês Open Radio Access Networks ou Rede de Acesso de Rádio Aberto) flexibiliza a combinação de diversos provedores de soluções, permite a participação de novos entrantes de tecnologias e entrega uma solução de conectividade mais customizada.
Marco Bego, Diretor Executivo do InovaHC, destaca o caráter inovador do projeto e os ganhos para a sociedade. “Ao utilizar casos reais de atendimento à saúde, estamos entendendo como a conectividade do 5G em Open RAN poderá ser um habilitador de serviços em diversas áreas da medicina, colaborando para melhorar a jornada do paciente e prover mais qualidade e acesso aos serviços de saúde.”
Parceiros
Além de criar um ambiente para testes de 5G aplicável em diversos casos de saúde no HC, o OpenCare 5G atraiu investidores dos setores de tecnologia, telecomunicações e indústria farmacêutica, promove pesquisas na medicina e engenharia e fomentará o ecossistema de tecnologia nacional, por meio das medtechs e healthtechs.
Maior organização de serviços profissionais do mundo, a Deloitte está coordenando o projeto. Marcia Ogawa, sócia-líder da Indústria de Tecnologia, Mídia e Telecom da Deloitte, analisa como tem sido o trabalho com o ecossistema de empresas ao longo destes 12 meses de trabalho. “A interação entre as empresas envolvidas é fundamental para a troca de conhecimento em uma nova forma de prover serviços de telecomunicações e saúde. Vimos importantes avanços e temos convicção que serão importantes para a atração de investimentos para as próximas etapas do projeto, que envolvem a ampliação do acesso à rede pública para democratização de exames, dentre outros aspectos”, destaca Marcia.
Líder em tecnologia médica, a Siemens Healthineers utiliza a oportunidade para entender o comportamento de suas soluções na rede 5G e a evolução da conectividade remota dos equipamentos. “Os equipamentos de ultrassonografia portátil já são empregados em atendimento às populações ribeirinhas. A cooperação remota entre profissionais de saúde para equipamentos de imagem já faz parte da nossa linha de serviços e a escalabilidade é o próximo passo para poder impactar positivamente a vida dos pacientes”, comenta Armando Lopes, diretor geral da área de Imagem e Digitalização da Siemens Healthineers para a América Latina.
O Itaú Unibanco disponibilizou pela primeira vez espaço em seu datacenter para abrigar uma solução não relacionada ao setor financeiro. “É uma mudança de paradigma para nós a entrada de um parceiro externo em nosso datacenter de alta disponibilidade. Estamos muito contentes em compartilhar a nossa expertise em tecnologia para viabilizar um projeto inovador em saúde, em linha com nossas diretrizes de provocar um impacto social positivo na vida das pessoas”, explica Fábio Napoli, diretor de tecnologia no Itaú Unibanco.
O Telecom Infra Project (TIP), outro parceiro do projeto, cumpre sua função de comunidade local de empresas e organizações para trazer expertise em soluções de infraestrutura aberta como o Open RAN.
“Através de nossas plataformas iremos disponibilizar um blueprint, documento com o detalhamento da solução utilizada no HC, testes, boas práticas e lições aprendidas. Nossos membros têm acesso a este conhecimento, aprimorando de forma coletiva suas soluções”, explica Sriram Subramanian, gerente global de Sistema de Integração e líder técnico de Soluções de Rede Privada 5G do TIP.
A atuação da NEC também é essencial na iniciativa. Por sua capacidade de integrador de soluções, ocupou-se desde a importação de equipamentos, configuração de máquinas, gerenciamento do projeto técnico, e coordenação de testes.
“A participação nesse projeto vem totalmente ao encontro da atuação da NEC, uma vez que permitiu combinar nossa ampla experiência em integração ao fato de sermos líderes globais em OpenRAN. Além disso, o conceito do OpenCare 5G está profundamente alinhado com os nossos valores, entre eles o de contribuir por meio da tecnologia para uma sociedade mais moderna e sustentável, em todos os aspectos”, afirma Roberto Murakami, CTO da NEC na América Latina.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) contribuiu com o projeto com recursos para a contratação de 7 profissionais de perfis multidisciplinares que, no prazo de 24 meses, avaliarão a performance da rede 5G, a jornada dos médicos e pacientes, e aplicações a serem desenvolvidas para telerradiologia.
“O OpenCare 5G nos dá a possibilidade de avançarmos na nossa missão tanto de estimular a adoção de tecnologias inovadoras na área da saúde quanto de contribuir para a formação de profissionais qualificados para o setor. Além disso, trata-se de uma parceria pioneira que testa soluções com o objetivo de trazer maior qualidade de vida à população, o que, para nós, representa a principal finalidade das evoluções tecnológicas”, afirma o presidente da ABDI, Igor Calvet.
Referência nacional e considerada a mais completa faculdade de engenharia da América Latina, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O projeto fornecerá subsídios para teses de mestrado e de doutorado. É também desejo a criação de um núcleo conjunto entre a Faculdade de Medicina e a Escola Politécnica para projetos multidisciplinares de conectividade avançada aplicada à saúde.
“O 5G é apenas um ponto de partida em uma jornada mais ampla de conectividade avançada. Conforme a evolução da tecnologia, o país precisa estar à frente do estudo das redes de dados sem fio, de maneira contínua e estruturada, levando em consideração nossas necessidades em um país tão heterogêneo”, afirma Moacyr Martucci Júnior, professor titular da Poli-USP.
Testes
Dentro das dependências do Hospital das Clínicas foram instaladas duas antenas 5G em ambientes distintos. Em uma das salas são utilizados equipamentos de ultrassom e de tomografia, e em outra sala ocorre a coordenação remota da execução dos exames. Para a camada de conectividade são testados os conceitos de desagregação e interfaces abertas de Open RAN, com componentes instalados tanto no ambiente do HC como no datacenter do Itaú.
Os testes iniciais se mostraram promissores. O 5G privativo entregou velocidade e taxa de latência muito superiores ao 4G, resultados estes que só eram possíveis anteriormente em redes cabeadas. Latências maiores acarretariam perda de sincronismo entre quem coordena e quem executa a atividade médica, impedindo uma comunicação efetiva.
Dentro dos próximos 60 dias, serão realizados mapeamentos completos do comportamento das aplicações e oportunidades de melhorias.
Próximas etapas
Para atingir o objetivo de universalização do atendimento remoto de saúde universal, o projeto OpenCare 5G foi concebido com duas etapas de expansão. Após a conclusão do piloto dentro das dependências do HC, será executado um piloto com o atendimento remoto em uma cidade do interior do estado de São Paulo para uma experiência real de condução de atividades em áreas urbanas. Desta experiência, prevê-se uma expansão em escala nacional, com centros regionais de apoio aos profissionais de saúde. De igual maneira, será executado um piloto em área remota do país na região amazônica para o entendimento da adaptação do teleatendimento em situações com menos infraestrutura. Com as lições aprendidas, espera-se expansão para demais localidades de perfil demográfico similar.
Sobre o InovaHC
O Núcleo de Inovação Tecnológica – InovaHC - conecta empreendedores e recursos, a fim de gerar soluções de inovação em saúde mais eficientes para gestores, médicos e pacientes. Para isso, atua com três frentes: In.cube (Incubadora de ideias), In.pulse (Aceleradora de negócios) e In.pacte (impacta pessoas por meio do apoio à potencialização e à escalabilidade dos negócios desenvolvidos). Sua proposta geral está de acordo com as leis estadual e federal, que têm como motivação tornar a inovação tecnológica um componente estratégico de economia e desenvolvimento. Para mais informações, visite www.inovahc.com.br.
Sobre a Deloitte
A Deloitte é a maior organização de serviços profissionais do mundo, com 345 mil profissionais gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países. Com 177 anos de história, oferece hoje serviços de auditoria, consultoria empresarial, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com 6.500 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 15 escritórios. Para mais informações, acesse: www.deloitte.com.br.
Sobre a Siemens Healthineers
A Siemens Healthineers AG (listada em Frankfurt, Alemanha: SHL) inova em avanços para a saúde. Para todos. Em todas as partes. Como uma empresa líder em tecnologia médica com sede em Erlangen, Alemanha, a Siemens Healthineers e suas regionais estão continuamente desenvolvendo seu portfólio de produtos e serviços, com aplicativos baseados em Inteligência Artificial e ofertas digitais, desempenhando um papel cada vez mais importante na próxima geração de tecnologias médicas. Essas novas aplicações irão aprimorar a base da empresa em diagnósticos in vitro, terapia guiada por imagem, diagnósticos in vivo e cuidados inovadores no combate ao câncer. A Siemens Healthineers também oferece uma gama de serviços e soluções para aprimorar a capacidade dos provedores de saúde de fornecer cuidados de alta qualidade e eficientes. No ano fiscal de 2021, encerrado em 30 de setembro, a Siemens Healthineers que tem aproximadamente 66.000 funcionários em todo o mundo, gerou receita de € 18 bilhões e EBIT ajustado de € 3,1 bilhões. Mais informações estão disponíveis em www.siemens-healthineers.com
Sobre o Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco é um banco digital com a conveniência do atendimento físico. Estamos presentes em 18 países e temos mais de 70 milhões de clientes, entre pessoas físicas e empresas de todos os segmentos, a quem oferecemos as melhores experiências em produtos e serviços financeiros. Temos uma agenda estratégica com foco na centralidade do cliente, que passa por duas transformações: cultural e digital, ambas sustentadas na diversidade do nosso povo. Fomos selecionados pela 22ª vez consecutiva para fazer parte do Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI World), sendo a única instituição financeira latino-americana a integrar o índice desde sua criação, em 1999.
Sobre a NEC no Brasil
Com uma trajetória de 53 anos no mercado brasileiro, a NEC é um dos fornecedores mais importantes do país em tecnologias voltadas às redes de comunicação e à segurança pública e cibernética, atendendo operadoras de telecomunicações, empresas e governos. A empresa detém expertise de décadas na implementação e na integração de projetos e soluções fim a fim, de grande complexidade. A empresa é subsidiária da NEC Corporation, grupo que tem mais de 120 anos de atuação e fornece globalmente "Soluções para a Sociedade", que promovem a segurança, a proteção, a eficiência e a equidade da sociedade. Sob a mensagem corporativa da empresa, "Orquestrando um mundo mais brilhante", a NEC visa ajudar a resolver uma ampla gama de questões desafiadoras e criar novo valor social para o mundo em transformação do amanhã. Para mais informações, visite a NEC em https://br.nec.com.
Sobre o Telecom Infra Project (TIP)
O Telecom Infra Project (TIP) é uma comunidade global de empresas e organizações que estão impulsionando soluções de infraestrutura para promover a conectividade global. Metade da população mundial ainda não está conectada à Internet e, para aqueles que são, a conectividade geralmente é insuficiente. Isso limita o acesso à infinidade de benefícios comerciais e para o consumidor fornecidos pela Internet, impactando, assim, o crescimento do PIB globalmente. No entanto, a falta de flexibilidade nas soluções atuais - exacerbada por uma escolha limitada de fornecedores de tecnologia - torna desafiador para as operadoras criar e atualizar redes com eficiência. Fundada em 2016, a TIP é uma comunidade de diversos membros que inclui centenas de empresas - de provedores de serviços e parceiros de tecnologia a integradores de sistemas e outras partes interessadas em conectividade. Estamos trabalhando juntos para desenvolver, teste e implante soluções abertas, desagregadas e baseadas em padrões que oferecem a conectividade de alta qualidade de que o mundo precisa - agora e nas próximas décadas. Saiba mais em https://www.telecominfraproject.com.
Sobre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) trabalha para que o setor produtivo nacional aumente sua produtividade, competitividade e lucratividade. A partir da formulação de programas e serviços, a ABDI contribui de forma efetiva para o desenvolvimento econômico. A atuação tem, mais recentemente, se concentrado no incentivo à transformação digital, novos modelos de negócios e uso de tecnologias em cidades inteligentes. A ABDI é indutora da cultura de digitalização na economia nacional, gera inteligência competitiva e é responsável pela articulação entre agentes públicos e privados, sempre com o foco no desenvolvimento do setor produtivo brasileiro.
Sobre A Escola Politécnica da USP
Com mais de 125 anos de existência, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) é considerada a mais completa escola de engenharia da América Latina. Com recursos humanos qualificados e infraestrutura ímpar, a Poli se destaca pela excelência no ensino e na pesquisa. Formou gerações de engenheiros que têm se destacado não só em suas especialidades profissionais, mas também na vida política do País e na administração de empresas e de órgãos públicos.
Assessoria de imprensa da NEC: A4&Holofote Comunicação Tel: +55 11 3897 4122
Marília Pontes – mariliapontes@a4eholofote.com.com.br
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Marcos Vinícius Dantas – marcosvinicius@a4eholofote.com.br
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